Ele entregou-Se para remissão dos nossos pecados, mas o seu olhar, perto do derradeiro momento era profundamente humano, tão humano como qualquer um de nós, e nesse olhar mostrava-nos, não o olhar triste que nos parece há primeira vista mas sim, mostra-nos que apesar de tudo o que fez e disse, a maioria dos Homens de então, assim como os de hoje, ainda não O compreenderam verdadeiramente. Se tentarmos compreende-lO veremos no seu olhar, não essa aparente tristeza, mas sim o olhar de Deus que se fez homem, o olhar do Pai misericordioso para todos nós, seus filhos.
Local onde de quando em vez, qual confessionário, deixarei algumas pegadas dos meus pensamentos Cristãos
30 maio 2013
24 maio 2013
14 maio 2013
03 maio 2013
A Morte de São José
José morre... Ninguém disse como foi a sua morte...
Ele chegou silenciosamente; lutava sem glória;
ator silencioso de uma sublime história,
um dia, desapareceu, para nunca mais voltar.
Nós o vimos passar, no fundo da cena,
o Menino Deus, em seus passos, a Virgem perto dele;
ele aplainou, aperfeiçoou o dia;
e os anjos, à noite
informavam-lhe sobre as conspirações do ódio.
À partida de Jesus, seu papel terminava;
e então, sobre ele, o Evangelho silenciava.
Uma noite, ele teve de deixar sua plaina inútil
e, acamado, tinha Maria à cabeceira.
A noite descia, semelhante àquela noite distante,
quando o Anjo do Senhor veio despertá-lo para fugir...
O Anjo retornou, naquela noite, para ajudá-lo a morrer;
e José ouviu sua voz doce e serena.
O anjo dizia: “José, filho de Davi, sou eu,
novamente. Descanse em paz, porque o Menino e sua Mãe
nesta terra, não mais terão perigos a temer.
A partir de agora, eles poderão viver e morrer sem você.”
Mas José relutava em aceitar este adormecer.
Sem dúvida esperava por alguém que gostaria de rever,
pois tentava ouvir os rumores da estrada
e em seus olhos brilhava um vislumbre de esperança.
De repente, ele se levanta... Leves passos rompem o silêncio;
a porta da casa se abre sobre a noite
e Jesus, cruzando o limiar de sua infância,
se precipita até o leito do pai e se inclina sobre ele.
Quanto deve ter caminhado para chegar! A poeira
cobre seus pés nus e sublinha seus traços;
mas de seus olhos claros a luz emana
e dessa luz, os olhos de José se enchem para sempre ...
Maria sussurra: "És tu, meu Filho! "E o Anjo
se prostrou por terra. Jesus se inclina sobre o modesto leito,
abraça o pai; nenhuma palavra é trocada ente os dois.
Jesus entrega à morte seu primeiríssimo combate!
E na sombra, a morte, indefesa, se detém...
Mas o velho operário não esperava, que, assim, tão tarde, seu Filho lhe desse um coração jovem e forte: ele observa
o rosto divino e morre neste olhar.
Ah! Bem-aventurado aquele que, alma confiante,
após ter rezado, sofrido e trabalhado,
tenha, numa noite, se estendido de fadiga e de prolongada e espera
e depois, ao receber um beijo divino, tenha partido!...
Georges D'Aurac
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