24 junho 2017

Dia de São João



Marchas, balões, alhos-porros e martelinhos;
tascas, carroceis e balões;
bifanas, pregos e sandes;
cerveja, vinho e sangria;
e mais algumas coisas que me possam faltar…

Hoje em muitos concelhos de Portugal celebra-se o Dia de São João…

    
24 de junho de 2017

09 junho 2017

Quando fores orar...



Quantas vezes começamos as nossas orações assim?

A maioria de nós (onde me incluo), poucas vezes o faz, admitamos. Começamos por pedir, depois pedimos e por fim pedimos. Algumas vezes lembramo-nos de agradecer-Lhe quando algo apertou nas nossas vidas e Ele, na sua infinita gloria acedeu aos nossos pedidos.
Em todas as missas rezamos o Pai Nosso. Muitas vezes, mais do que rezar, debitamos a oração, sem nos darmos conta do significado de cada palavra e de cada frase da oração. A meio da oração dizemos “...perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido...

Perdoamos mesmo ou apenas dizemos da boca para fora?

Mais do que pensar, meditemos um pouco…

Quando formos orar verdadeiramente, comecemos por perdoar, depois perdoar e por fim perdoar. Se apenas fizermos isso, sinto que Deus nosso Senhor na sua infinita gloria, seguramente fará a Sua parte…



9 de junho de 2017

06 junho 2017

Não queria servir...



É com este titulo que aproveito o artigo da Srª Carmo Rodeia sobre O império da partilha1. Realmente tentamos viver a utopia da solidariedade, no entanto, são só algumas semanas em que muitos de nós realizam essa solidariedade. Na verdade, e como a Srª Carmo Rodeia diz e muito bem, Cada um dentro de suas possibilidades e dons, pode em diversos momentos da vida fazer obras de misericórdia.Realizar obras de misericórdia, não passa apenas e somente, partilhar o pão, a carne e o vinho durante as semanas do Espírito Santo, mas sim a partilha abnegada durante o ano todo com os que mais precisam (começando nas nossas famílias) e dentro das possibilidades de cada um. Ser irmão de um Império do Divino Espírito Santo, não passa somente por ter que servir nos ditos bodos. Servir, também é ajudar aqueles que têm possibilidades para o fazerem, servir também é ajudar o próximo…
Quando ouço alguém dizer que determinada pessoa foi convidada a sair de um império, porque não queria servir (leia-se “não pode servir por razões alheias à sua vontade”) pergunto-me: “-onde mora a solidariedade entre irmãos desse império?”
A evangelização da religiosidade popular, nomeadamente nestas festas em Louvor do Divino Espírito Santo está a dar os seus primeiros passos, no entanto, ainda que seja apenas uma ideia pessoal e peregrina, julgo que deveria ser obrigatória para os responsáveis dos impérios e estes por sua vez, passarem aos irmãos que irão ser mordomos. Só assim, talvez a solidariedade fosse mais verdadeira e não apenas o mostrar aos Homens as posses que cada um tem.
Longe vai o tempo em que a pobreza de cada um era alvo de alegria entre os Anjos e agrado a Deus Nosso Senhor. Hoje, muitos bons cristãos caem na tentação de querem ter um altar melhor, mais vistoso e com mais likes nas suas paginas do facebook, do que o do vizinho ou até uma mesa farta de iguarias que servem de jantar em muitas casas onde os símbolos que O representam estão, esquecendo-se que o mais importante, não é o que a vista vê ou as papilas gustativas sentem, mas apenas o que Deus vê nos nossos corações e sente nas nossas almas.
Servir, passa principalmente pela partilha com os mais pobres, excluídos e menos amados e não somente pelos amigos, vizinhos e aqueles que também já nos convidaram. É natural do ser humano e fica bem perante a sociedade, os convites aos amigos, vizinhos e quem já nos convidou, no entanto, também devemos partilhar com os outros e que belo seria, se essa partilha fosse realizada de forma a que a mão direita não soubesse o que a esquerda fez.
Não querer servir” por razões alheias à vontade do irmão, nunca deveria ser uma forma de convidar a sair, mas sim uma forma de afirmar os mais nobres valores, como a Srª Carmo Rodeia refere no seguinte paragrafo:
Se conseguirmos, cada um de nós, ser outro Paráclito, que é como quem diz, consoladores e defensores dos nossos irmãos, sobretudo dos pobres, excluídos e não amados estaremos a afirmar os mais nobres valores que devem estar subjacentes à condição humana.”
Estaremos a realizar festa do Espírito Santo todo o ano e … a evangelizar.“, quando as mesmas forem realizadas em honra do Divino Espírito Santo com o verdadeiro espírito com que foram criadas.
1 https://www.igrejaacores.pt/o-imperio-da-partilha/