Durante a leitura do livro "Deus responde no deserto" encontrei a seguinte passagem, a respeito do acima mencionado:
"FECUNDIDADE DA VIDA CONTEMPLATIVA
Entre os variados e profundos aspectos da vida contemplativa que particularmente nos interessam e que, por assim dizer, nos dão segurança, situa-se a sua fecundidade apostólica: fecundidade que se realiza na maior medida, apesar das condições e dos meios que pareceriam próprios a impedi-la, o isolamento e o silêncio. É verdade que a actividade apostólica, na sua expressão mais usual, concretiza-se pelo movimento e pela palavra. O próprio Salvador a definiu na missão conferida aos Apóstolos: «Ide e pregai a todas as gentes». Não é no entanto menos verdade que a vida contemplativa — a «melhor parte» segundo palavras do mesmo Jesus — transforma elementos aparentemente opostos em validíssimos instrumentos de uma idêntica finalidade e de um mesmo resultado.
«A paixão missionária e o sentimento eclesial são componentes fundamentais de toda a autêntica vida contemplativa. A contemplação, como conhecimento de Deus, não é só um mistério de intimidade individual, mas também um mistério, de união com os irmãos. Servo e adorador de Deus, mas também filho da terra, o contemplativo não pode deixar de ser bem humano, de se encontrar muito presente no coração do mundo. Não só presta homenagem à transcendência divina, como sabe encontrar em Deus um amor ardente pelo próximo."
Realmente, quer a passagem na Sagrada Escritura, quer esta passagem do livro em questão mostra-nos a "diferença" entre a vida activa e a vida contemplativa no seio da Santa Igreja. No meu fraco entender uma não substitui a outra, no entanto, não devemos descurar a parte contemplativa, não devemos passar ao lado daqueles(as) irmãos(as) que vivem apenas na contemplação, "a melhor parte" segundo Nosso Senhor Jesus Cristo.
É certo que todos nós (meros cordeiros de um rebanho maior), temos um pouco das duas. Umas vezes somos Marta e outras vezes somos Maria mas se, a melhor parte é a contemplação, tentemos contemplar mais o Divino e oremos por aqueles (as) que "apenas" O contemplam.
5 comentários:
No outro dia li um livro (não me lembro de quem, mas era aceite pela Igreja) que dizia que o cristão tem de ser cada vez mais um contemplativo em acção.
A contemplação é para todo o cristão que quer viver Cristo.
beijos
ó Paulo, meu amigo, eu agora ando um bocado Marta e já me faz falta o ser um pouco mais Maria...
Abraço amigo em Cristo
Realmente Maria João, um dois em um (como o champoo) contemplativo em acção, se bem que, muito honestamente, fiquem sem saber bem como é essa contemplação em acção. Se souberes o nome do livro, agradeco-te.
Meu Amigo Joaquim, no meu caso, sinto-me cada vez mais Maria e menos Marta.
Nessa vida corrida que temos, com tantos afazeres, trabalho, casa, família... me sinto muito Marta... mas busco os fins de semana e os horários livres para sentir um pouquinho do que Maria sente, aos pés de Jesus!
Abraços fraternos
João
Enviar um comentário