A grande maioria das
fotografias, mesmo sendo “um apanhado”, quase sempre nos mostra apenas uma
faceta, aliás, uma faceta ou um modo de estar ou ser da pessoa. Desde que me
foi enviada esta fotografia e depois de a ver com calma, cheguei sempre há mesma conclusão. Esta
transporta-me para uma dicotomia existencial ao nível espiritual da fé que
tenho e professo.
Por um lado ou
vertente, nesta caminhada peculiar mas muito bela e simples, na qual participo
como um mero irmão romeiro, como os demais, assim como na minha vida, fora
deste oásis no meio do deserto, o meu coração está quase sempre com a Sua e
Nossa Mãe Maria Santíssima e daí, com a humildade possível, sinto que ela está
sempre comigo, “atrás” de mim e encaminhando-me para Ele, como que a dizer-me:
“- Faz tudo o que Ele te disser.”
“- Faz tudo o que Ele te disser.”
Por outro ponto de
vista, a minha cabeça e o meu olhar volta-se para trás, para ver se me afasto o
mais possível das tentações com que o demónio diariamente me tenta seduzir, umas
vezes óbvias e outras menos óbvias, quais lobos com pele de cordeiro, e são
essas que mais me preocupam, mais me afligem, porque são essas tentações quase
angelicais, mas no fundo demoníacas, que me podem fazer perder a ressurreição
no derradeiro dia, mesmo crendo n`Ele.
Nesta fotografia onde
mais do que o que é visível, o sentir a tal dicotomia existencial é mais forte,
reparo que existe uma terceira faceta ou modo de estar que talvez me possa
levar há salvação, assim queira Jesus Cristo dizer uma só palavra e eu sei que serei salvo. Refiro-me à
confissão que sem me aperceber, em silêncio a faço:
“
(…) Por minha culpa, minha tão grande culpa (…)”
Assim, peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos e a
vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
5
de fevereiro de 2016
Paulo
Roldão
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