28 novembro 2016

Passagens II



Independentemente de ser da inteira responsabilidade da minha mulher (e que o faz muito bem), gosto dos pensamentos que ela escolhe para cada semana, aliás, julgo que muitas vezes deve ser Ele a mostrar-lhe aquele que mais se adequa à semana e ao estar dos casais da equipa.
Esta semana, para além de não ter sido exceção, é um pensamento pequeno mas muito profundo. É daqueles pensamentos semelhantes a pequenas laranjas que não damos nada por elas, mas que estão carregadas de muito sumo e doce.
Deus mora onde O deixam entrar”, leva-me a pensar em vários afluentes de um qualquer rio, que no fim desaguam no mar, local de onde partiram as águas puras e cristalinas.
Realmente Ele só entra onde O deixam entrar, mas quantas vezes não queríamos que Ele entrasse mesmo que não O deixássemos?
Quantas vezes não desejamos que Ele entrasse em moradas onde as portas se encontram fechadas ou, apenas abertas para tudo o que não vem d`Ele? Quantas vezes não sentimos que podíamos deixa-Lo entrar, mas por pequenas coisas, apenas temos aberto o postigo e não a porta?

No entanto, ainda que possa parecer alguma contradição, será que apesar de todas as situações acima descritas, todas elas do ponto de vista humano e de pecador, será que Ele não mora realmente em nós?
Quero crer que sim! Quero crer que Ele mora Sempre em nós, apesar de todas as atrocidades que cometemos de vez em quando. Quero crer que muitas vezes Ele é como o sal da terra ou o doce sabor do açúcar refinado. Não o vemos e nem sempre sentimos porque estamos com o coração em outros locais, no entanto, Ele dá sabor ao alimento que diariamente devíamos ler e adoça o amargo da situações que vamos passando.
Deus mora onde O deixam entrar”...deixe-mo-Lo morar em nós...SEMPRE!


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