Tantos
que têm os
seus
e não lhes
dão o devido valor, senão demasiadamente
tarde
e
outros, que não os tendo conhecido e nem tão pouco sequer
pronunciado essas três letras juntas, sentem saudades
desmesuradas...
Local onde de quando em vez, qual confessionário, deixarei algumas pegadas dos meus pensamentos Cristãos
21 dezembro 2016
13 dezembro 2016
Lázaro
O
nascimento do menino
Jesus
está para breve, no entanto, muitos de nós andamos mais preocupados
e atarefados com o representante de uma bebida gaseificada, do que
com Aquele que veio ao mundo para nos salvar.
Tal
como Lázaro, estamos muitas vezes a dormir, necessitando
verdadeiramente que Ele nos acorde1
e nos diga com voz forte “Vem
cá para fora!”2
1 Jo
11,11
2 Jo
11, 43
28 novembro 2016
Passagens II
Independentemente
de ser da inteira responsabilidade da minha mulher (e que o
faz muito bem), gosto dos
pensamentos que ela escolhe para cada semana, aliás,
julgo que muitas vezes deve ser Ele a mostrar-lhe aquele que mais se
adequa à semana e ao estar dos casais da equipa.
Esta
semana, para além de não ter sido exceção, é um pensamento
pequeno mas muito profundo. É daqueles pensamentos semelhantes a
pequenas laranjas que não damos nada por elas, mas que estão
carregadas de muito sumo e doce.
“Deus
mora onde O deixam entrar”,
leva-me a pensar em vários
afluentes de um qualquer rio,
que no fim desaguam no mar, local de onde partiram as águas puras e
cristalinas.
Realmente
Ele só entra onde O deixam entrar, mas quantas vezes não queríamos
que Ele entrasse mesmo que não O deixássemos?
Quantas
vezes não desejamos que Ele entrasse em moradas
onde as portas se encontram fechadas ou, apenas abertas para tudo o
que não vem d`Ele? Quantas
vezes não sentimos que podíamos deixa-Lo entrar, mas por pequenas
coisas, apenas temos aberto o postigo e não a porta?
No
entanto, ainda que possa parecer alguma contradição, será que
apesar de todas as situações acima descritas, todas elas do ponto
de vista humano e de pecador, será que Ele não mora realmente em
nós?
Quero
crer que sim! Quero crer que Ele mora Sempre em nós, apesar de todas
as atrocidades que cometemos de vez em quando. Quero crer que muitas
vezes Ele é como o sal da terra ou o doce sabor do açúcar
refinado. Não
o vemos
e nem sempre sentimos porque estamos com o coração em outros
locais, no entanto, Ele dá
sabor ao alimento que
diariamente devíamos ler e
adoça o amargo da situações que vamos passando.
“Deus
mora onde O deixam entrar”...deixe-mo-Lo
morar em nós...SEMPRE!
15 outubro 2016
Cristo não tem corpo
Há alguns dias atrás,
um casal amigo ofereceu-me um porta-chaves, um crucifixo completo. Da primeira vez que o usei como tal, e ao tirá-lo do
bolso, o Nosso Senhor descolou-se e
ficou no bolso.
A primeira coisa que
me veio ao pensamento foram as palavras de Pedro:
“
– Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim.[1]
Depois desci há terra e senti que tinha sido um
pensamento exacerbado, desmedido e quase como se fosse uma blasfémia perante Deus,
por me ter lembrado dessas palavras, de
alguém que é Santo, ao contrário
de mim, imensamente pecador.
Naquele momento, caí
em mim mesmo e lembrei-me das palavras do Santo Padre Papa Francisco “ O Senhor ‘não fez alarde da sua
condição divina’, sendo isto uma característica de toda a vocação cristã: quem
foi chamado por Deus não se pavoneia, nem corre atrás de reconhecimentos ou
aplausos efémeros; não sente ter subido de categoria nem trata os outros como
se estivesse num degrau superior”.[2]
Quantas vezes nós, cristãos assumidos e até
alguns, fazendo parte deste ou daquele movimento da igreja, não é tentado a
querer ser mais do que os outros ou aguardando aplausos por algo que fez ou
disse? Começando por mim, mas sabendo que o mais importante é o que Deus vê ou
ouve no oculto[3]
e não aquilo que os Homens veem ou ouvem.
Olho para o Cristo, que entretanto tirei
do fundo do bolso…
Ali na minha palma da mão Ele parece
indefeso, como O foi na cruz, no entanto, na Cruz fez o que o Pai lhe pediu.
Tal como Ele, também nós se O quisermos seguir, devemos negar-nos a nós mesmos
e tomar a nossa cruz dia após dia[1].
O porta-chaves poderá não estar completo
para a maioria das pessoas, no entanto, se queremos tomar a nossa cruz, todos
nós somos um pouco Cristo e, por incrível que possa parecer, neste dia dedicado
a Santa Teresa D`Ávila, li um pequeno mas muito profundo poema dela, que de
certa forma, transmite o que sinto:
“Cristo não tem corpo
Cristo
não tem corpo, senão o teu,
Não
tem mãos, ou pés nessa terra, senão os teus,
Teus
olhos são os olhos com que Ele vê,
A
compaixão neste mundo,
Teus
são os pés com que Ele Caminha para fazer o bem,
Tuas
são as mãos, com que Ele abençoa todo o mundo.
Tuas
são as mãos, teus são os pés,
Teus
são os olhos, és tu o Seu corpo.
Cristo
não tem outro corpo na terra, senão o teu.”
Paulo
Roldão
15 de Outubro de 2016
[1] Gl 2-20
[2]
http://papa.cancaonova.com/quem-foi-chamado-por-deus-nao-corre-atras-de-reconhecimentos-diz-papa/
[3] Mt 6, 1-
6
06 outubro 2016
Passagens
Todos nós sem
exceção, temos alguma predileção por alguns livros da Bíblia ou algumas
passagens neste ou naquele livro. Por
vezes, por algum acontecimento na vida, outras vezes porque são palavras de
esperança e conforto. Existem outras ainda, sem se enquadrarem nas atrás
descritas, fascinam-nos sem sabermos a razão, melhor dizendo, sem sabermos o
porquê, apenas nos fascinam.
Vem esta introdução a
respeito do Livro de Job, um dos livros Sapienciais do Antigo Testamento[1], livro
esse que tem algumas passagens que nos fazem pensar um pouco. Uma que até agora me fazia pensar um pouco, sobre o
seu significado é a que ele (Job) amaldiçoa o dia do seu nascimento[2],
dizendo:
“
– Desapareça o dia em que nasci e a noite em que foi dito:
- Foi concebido um varão!”[3]
- Foi concebido um varão!”[3]
A Bíblia diz-nos que
Job era justo e santo. Então como pode uma pessoa justa e santa amaldiçoar o
dia em que nasceu, amaldiçoando assim o próprio Deus?
Tal como outras
duvidas que tenho e muitos de nós temos, esta foi-me explicada na meditação matutina do Santo Padre Papa
Francisco do dia 27 do mês findo[4]. O Santo
Padre reflete nessa passagem e nas subsequentes, dizendo que Job sofria porque tinha perdido tudo. Todos
os seus bens, inclusive os seus filhos. Acrescenta que geralmente um santo
não pode agir assim, esclarecendo finalmente que Job não amaldiçoou Deus, apenas desabafou. Um desabafo de filho diante
do Pai. Aliás, o Santo Padre cria até um certo paralelismo com o profeta
Jeremias, o qual este também diz:
“-
Maldito o dia em que fui concebido.”[5]
No
entanto estes dois casos não são blasfémias, mas sim desabafos, porque ambos
sentiam uma grande desolação espiritual. O Santo Padre frisa ainda que a
desolação espiritual acontece a
todos! Esta desolação faz-nos sentir como se tivéssemos a alma esmagada.
Depois de algum
tempo, o Seu tempo, Deus respondeu a
todos aqueles (tal como eu) que não tinham a precessão do seu significado ou
melhor dizendo, como é que sendo justo e santo amaldiçoaria o Criador?
Fiquei feliz e de
alma cheia com esta explicação/meditação, valendo a pena ler a meditação já
referida, a qual, não só ajuda a desvendar esta duvida, como vais mais longe,
mostrando algumas ajudas, não só para todos nós, que de certa forma muitas
vezes agimos como Job, como também para todos aqueles que estão há nossa volta.
4
de Outubro de 2016
12 fevereiro 2016
Escuridão
Tantos irmãos e irmãs que a passam, mas esses são tidos como santos. Eu não passo de um grande, enorme e porque não dizê-lo gigantesco Pecador, que "nada vê ou sente".
06 fevereiro 2016
Dicotomia existencial
A grande maioria das
fotografias, mesmo sendo “um apanhado”, quase sempre nos mostra apenas uma
faceta, aliás, uma faceta ou um modo de estar ou ser da pessoa. Desde que me
foi enviada esta fotografia e depois de a ver com calma, cheguei sempre há mesma conclusão. Esta
transporta-me para uma dicotomia existencial ao nível espiritual da fé que
tenho e professo.
Por um lado ou
vertente, nesta caminhada peculiar mas muito bela e simples, na qual participo
como um mero irmão romeiro, como os demais, assim como na minha vida, fora
deste oásis no meio do deserto, o meu coração está quase sempre com a Sua e
Nossa Mãe Maria Santíssima e daí, com a humildade possível, sinto que ela está
sempre comigo, “atrás” de mim e encaminhando-me para Ele, como que a dizer-me:
“- Faz tudo o que Ele te disser.”
“- Faz tudo o que Ele te disser.”
Por outro ponto de
vista, a minha cabeça e o meu olhar volta-se para trás, para ver se me afasto o
mais possível das tentações com que o demónio diariamente me tenta seduzir, umas
vezes óbvias e outras menos óbvias, quais lobos com pele de cordeiro, e são
essas que mais me preocupam, mais me afligem, porque são essas tentações quase
angelicais, mas no fundo demoníacas, que me podem fazer perder a ressurreição
no derradeiro dia, mesmo crendo n`Ele.
Nesta fotografia onde
mais do que o que é visível, o sentir a tal dicotomia existencial é mais forte,
reparo que existe uma terceira faceta ou modo de estar que talvez me possa
levar há salvação, assim queira Jesus Cristo dizer uma só palavra e eu sei que serei salvo. Refiro-me à
confissão que sem me aperceber, em silêncio a faço:
“
(…) Por minha culpa, minha tão grande culpa (…)”
Assim, peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos e a
vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
5
de fevereiro de 2016
Paulo
Roldão
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