22 janeiro 2018

O Imaculado Coração de Maria


Durante o retiro da Equipas de Nossa Senhora, realizado no Seminário Episcopal de Angra, estive sentado em frente a esta imagem. Talvez por mero acaso ou talvez não, mas dei-me a olhar para ela algumas vezes, para além de estar atento ao que ia sendo dito pelo orador, e por vezes até conseguia conciliar as duas coisas na perfeição das palavras com a imagem em si.

Há primeira vista, apercebi-me que se tratava de uma imagem que já deve ter alguns longos anos, dado a tonalidade do branco do manto já não ser assim tão branco e da aparência das mãos e do braço esquerdo.
Quando foi o intervalo, fui ver a imagem mais de perto e apercebi-me dessa antiguidade, bem como dos defeitos que já possuía e acima descritos.


Olhei para ela e para aquele sorriso de Mãe que já senti há alguns anos atrás, e qual não foi o meu espanto quando me veio há ideia que aquelas deficiências, de certa forma não eram só da antiguidade ou do uso. Naquele momento ocorreu-me que o estado da mão direita, assim meio suja e semelhante a ter estado a mexer em terra, deve-se ao facto de ela estar constantemente a puxar por todos os seus filhos, particularmente por aqueles que se afastaram do seu filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e que se encontram no meio da lama nauseabunda, que caminham em locais imundos ou andam perdidos neste mundo criado por Deus.
No seguimento da minha ocorrência, faz todo o sentido o seu ombro estar marcado. Marcado com a cabeça de todos aqueles que procuram um ombro amigo, um ombro onde repousar, um ombro onde assentar as ideias, resumidamente o ombro de Sua e nossa Mãe Maria Santíssima, o mesmo que recebeu o corpo descido da cruz, tal como as cruzes que todos nós carregamos, particularmente por aqueles que se afastaram do seu filho e que se encontram no meio da lama nauseabunda, que caminham em locais imundos ou andam perdidos neste mundo criado por Deus.
Por último mas não menos importante, o seu coração cheiro de veias, artérias e outros vasos sanguíneos, aprisionado no meio da coroa de espinhos, reflete a dor que ela sente, quando cada um de nós se afasta d`Ele.

22 de Janeiro de 2018

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