05 maio 2007

Levar a Paz a onde não há Guerra

Há dias atrás em conversa com uma pessoa amiga, esta pareceu-me um pouco aborrecida e algo transtornada.
Perguntei-lhe o que tinha e começou a falar que tinha a ver com os seus pais, irmãos e irmãs. Gostava que todos se dessem bem e que não houvesse brigas desnecessárias. Que sofria ao ver certas atitudes e gestos com os quais não concordava e que isso lhe fazia mal, porque passava uma grande parte do dia a pensar nisso e que já começava a afectar os seus em casa.
Disse-lhe então que, no meu ver, a vida dos seus pais era uma e que a dela era outra, que achava que não devia “fazer filmes” sobre discussões familiares e que pensasse um pouco mais na sua família porque, em todas as famílias essas discussões existem e fazem parte do seu crescimento. Terminei com uma frase, diria que intemporal e quase filosófica ao dizer-lhe:
“- Queres levar a Paz a onde não há Guerra.”

E a conversa ficou por ai, mas fiquei a pensar no que lhe tinha dito.

Na verdade e enquanto depois estava a tomar um duche (vaia-se lá saber o porquê de nessa altura), veio-me há ideia essa frase e, qual ajuda divina, na minha mente as coisas começaram a tornarem-se mais claras e pensei:
“ Na altura que a tinha pronunciado, interpretei-a de uma maneira conclusiva, do tipo “não é preciso Paz porque não há Guerra”, mas agora penso mais claramente e já a sinto de outra maneira, do tipo “não há Guerra é certo mas a Paz tem que estar sempre presente.”

Sim, porque apesar de naquela família (e noutras) as discussões existirem com conta, peso e medida, é preciso que não se perca a Paz, o Amor e a Esperança de que Deus nos ouve e nos apoia, principalmente nas alturas em que fraquejamos, em que pensamos que Ele se esquece de nós porque, cada vez mais, na sociedade em que vivemos a “Guerra” começa a ser alimentada com a falta de Paz que tende a não existir entre as pessoas.

Desejo que em todas as famílias haja quem leve a Paz mesmo não havendo guerra.


9 comentários:

Cris disse...

Meu, grande amigo Paulo, ao teres esta conversa com essa pessoa amiga, deves ter ajudado na sua reflexão, porque não são todos os amigos que teem essa atitude. A Paz é muito necessária, penso que ainda há muitas pessoas que não sabem o que é ajudar a construir a Paz e como dizes e bem , não é preciso haver guerra para fazer a Paz, mas nunca deixar que passe ao lado. Que Deus ilumine a tua amiga e todas as familias. Bom fim de semana.

Catequista disse...

Sim Paulo, tens toda a razão. Não é preciso haver guerra para se levar a Paz, mas a Paz é necessária para que não surja a guerra.
Tudo de bom para essa tua amiga e um bom fim de semana.

Anónimo disse...

fabuloso post...!
fantastico...!
adorei...
que a paz nos ilumine...!

Maria João disse...

É verdade. As coisas agora podem estar bem, mas não quer dizer que continuem assim. O melhor é conservar sempre a paz. Quando a guerra vier, já estamos preparados para lhe dizer: "vai-te embora!"

Paulo disse...

Cara Amiga Cris, obrigado por palavras tão sentidas, por certo. Boa semana.

Obrigado Catequista pelas tuas palavras.

Amigo Fontez, também nem tanto, acho eu. Volte sempre.

Verdade Maria João, antes a paz mesmo sem haver guerra.

Marlene Maravilha disse...

"Deixo-vos a paz, minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.Não se turbe nem se atemorize o vosso coração." Jo 14.27
As pessoas no mundo se preocupam com coisinhas, e as famílias precisam mais de Deus e de olharem para dentro de si próprias valorizando os momentos passados juntos na simplicidade. A vida é simples. Sabes quando aprendemos isso? quando vimos a morte de perto!
Um grande abraço

Anónimo disse...

Gostei muito do teu post, principalmente pela tua atitude nessa situação, na qual demonstras paz interior, a qual, penso eu, que vem do nosso crescimento espiritual ou de aproximação a Ele.

A Paz fique contigo.

P.S. Tens 1 coisita para ti na barra lateral do meu barraco para ires buscar :)

Abraço

Paulo disse...

Amiga Marlene grande verdade com que finalizadas nesta tua primeira "aparição" aqui. Volte sempre.

Amiga Malu, por vezes temos que ser assim, ter alguma paz e tentar ver as coisas claramente. Obrigado pelo presente

Anónimo disse...

Será que alguém pode avaliar o meu sofrimento, a este respeito? Tenho três filhos a viver comigo e não consigo juntar nem dois à mesa, come um de cada vez por causa dessa falta de compreensão, de afeição e de tolerância no seio das famílias.Daí haver muitos dias em que nem me apetece comer...
Continuarei a rezar...a pedir...com muita fé.Fiquem com Deus
Filó