Vagueio pelo deserto mais árido e seco que conheci até agora.
Tento a todo o custo e com as minhas forças imaginar-me ao Teu colo nesta areia mas, o conjunto de pegadas que vejo, sinto que são só as minhas.
Já estive em outros desertos mais aconchegantes e menos inóspitos.
Vou parar um pouco, reflectir, meditar e orar, porque mesmo que a minha reflexão seja frouxa, a minha meditação seja cheia de ruídos e a minha oração esvaziada de conteúdo, penso (sonho) que terá algum valor e, pouco que seja a Deus, deverá ser mais do que deixar-me afundar nestas areias que, não sendo movediças, são tão finas que, passo a passo que dê, vou-me “afundando”.
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